"Eles fazem de tudo para pegar as pessoas": administrando narrativas dos solicitantes de refúgio no Brasil

Autores

  • Aryadne Bittencourt Waldely Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Luiz Eduardo Figueira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.21910/rbsd.v5n2.2018.241

Resumo

Atribuir a qualidade (jurídica, política e humanitária) de refugiado a um sujeito pode ser compreendido como um procedimento banal ou meramente burocrático. Contudo, a definição legal está associada a disputas pelo sentido de ser refugiado que atravessam qualquer paradigma simplista de adequação. A seleção dos refugiados produz técnicas de gestão da heterogeneidade dos êxodos e ajuda a compreender o funcionamento do Estado e a governamentalidade das práticas dos agentes do universo institucional brasileiro de refúgio. Este artigo busca descrever e analisar os processos de construção da condição de refugiado a partir da dinâmica de elegibilidade do regime brasileiro. O estudo foi realizado a partir de uma inspiração etnográfica e se propõe a problematizar o refúgio no Brasil pelo campo da Sociologia do Direito. Em um primeiro momento, será apresentado o mapa lógico que orienta os processos de elegibilidade e, em seguida, serão problematizados alguns dispositivos construídos e utilizados para avaliar a credibilidade da narrativa dos solicitantes de refúgio.

Biografia do Autor

Aryadne Bittencourt Waldely, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda em Direito. Programa de Pós-Graduação em Direito - UFRJ

Luiz Eduardo Figueira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutor em Antropologia. Professor do Departamento de Teoria do Direito da Faculdade Nacional de Direito - UFRJ.

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Publicado

2018-04-29

Edição

Seção

Artigos