Capitalismo e diferenciação funcional: rupturas e continuidades entre Marx e Luhmann

Autores

  • João Paulo Bachur Instituto Brasiliense de Direito Público

DOI:

https://doi.org/10.21910/rbsd.v5n3.2019.368

Resumo

A questão da utilização da teoria crítica para se definir sistemas sociais gera extremo desconforto, uma vez que não se utiliza, nesse contexto, aspirações universais e utópicas de justiça, pelo contrário, permite se retirar o véu da utopia e apresentar a verdade crua da sociedade. Dessa maneira, esse trabalho objetiva recuperar o sentido original da teoria crítica da Escola de Frankfurt e interpretar Niklas Luhmann como um crítico de Marx, fazendo com que, dessa forma, se possa fazer, de forma mais precisa, um diagnóstico da sociedade capitalista contemporânea. Para tanto, foi realizada uma análise qualitativa dos dados, a partir de extensa pesquisa bibliográfica. A pesquisa, por fim, demonstrou que as duas dialéticas apresentadas se equilibram reciprocamente, impondo uma “verdadeira” análise através da teoria crítica, capaz de descrever a sociedade capitalista como um todo, e não apenas limitada ao seu conteúdo normativo.

 

Biografia do Autor

João Paulo Bachur, Instituto Brasiliense de Direito Público

Graduado em direito pela Universidade de São Paulo - USP (2001), formou-se profissionalmente como advogado no escritório Lilla, Huck, Otranto, Ribeiro, Camargo & Messina, em São Paulo, tendo atuado nas áreas de direito societário e tributário (2000-2002). Possui mestrado (2004) e doutorado (2009) em ciência política pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (2009). Foi pesquisador visitante do Instituto de Filosofia da Universidade Livre de Berlim com bolsa de pós-doutorado da Fundação Alexander von Humboldt (2012-2013). Atuou como professor voluntário do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília - UnB (2005-2007, 2010, 2015). Como servidor público federal da carreira de especialista em políticas públicas e gestão governamental (2007-2017), atuou nas áreas de assessoria jurídica, processo legislativo e gestão pública. Foi chefe de gabinete do ministro da educação (2008-2011), diretor de política regulatória da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (2015) e subchefe adjunto do núcleo social da Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República (2016). Atualmente, é advogado e coordenador do mestrado e do doutorado em direito constitucional do IDP, em Brasília, e professor do Insper/SP. Com experiência acadêmica em direito, teoria política, sociologia e filosofia da linguagem, tem publicações nacionais e internacionais nessas áreas.

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Publicado

2019-09-01

Edição

Seção

Artigos