Violência contra a mulher negra no Brasil
ponderações desde uma criminologia interseccional
DOI:
https://doi.org/10.21910/rbsd.v7n2.2020.381Resumo
Este estudo possui como escopo abordar como a violência contrária às mulheres negras brasileiras possui hostilidades singulares e complexas. As mulheres negras possuem identidades interconectadas por marcadores sociais da diferença para além do gênero, mas, outrossim, pela raça e classe. Nesse sentido, sexismo, misoginia, racismo e classismo, enquanto estruturas congregadas, consubstanciam em desiguais vivências e experiências concernentes à violência, mais árduas e hostis. Por intermédio do campo de estudos da interseccionalidade, precipuamente sua dimensão criminológica, vale dizer, a criminologia interseccional, este estudo, ao investigar os documentos de vitimização brasileiros e estudos teórico-empíricos, alude que as mulheres negras brasileiras padecem de violências múltiplas, a datar de uma violência simbólica que as hipersexualiza e objetifica, e que, ao fim, alveja seu ápice na desmedida violência letal que as aniquila. Assim, a cor da pele das mulheres negras no Brasil aparenta ser mais do que tão somente uma idiossincrasia fenotípica, mas um símbolo de vulnerabilidade e violência.
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