O estado de exceção sanitário.
Crises globais e (re)emergência das lógicas totalitárias.
DOI:
https://doi.org/10.21910/rbsd.v8i1.532Resumo
Esta reflexão tem como objetivo apresentar o debate filosófico e sociológico que surgiu no momento da irrupção da pandemia COVID-19 em razão das mutações que, ao instaurarem-se de imediato nos campos políticos, jurídicos, econômicos e sociais, anunciaram o fim dos modos de governabilidade e sociabilidade até então existentes em todos os países. Neste contexto, os Estados neoliberais, há muito submetidos às lógicas globais do mercado que haviam desmontado as estruturas mantenedoras do bem estar social, viram-se desmunidos diante da intensidade e globalidade da crise sanitária. A partir da análise dos posicionamentos dos intelectuais de vanguarda sobre os efeitos da crise pandêmica, buscamos evidenciar a discussão sobre as temáticas emergentes do fim do capitalismo neoliberal, da desglobalização e do retorno do Estado como ator privilegiado da construção social.
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