Direito, anista e perdão: a partir da perspectiva de Paul Ricoeur

Autores/as

  • Mariana Pimentel Fischer Pacheco Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco
  • Tassiana Bezerra dos Santos Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.21910/rbsd.v5n1.2019.298

Resumen

Nos últimos dez anos, no Brasil, o debate sobre direito, anistia e memória ganhou elevada relevância. O discurso jurídico dominante é ser, contudo, pouco sensível a reflexões realizadas por diferentes linhagens da filosofia e da crítica social sobre os riscos de associar anistia e esquecimento. Dentre as diversas tradições que se ocupam com a questão, a hermenêutica de Paul Ricoeur, em especial, investiga tensões entre uma anistia juridicamente determinada e o perdão, que exige memória e extrapola o campo do direito. Ora, se o perdão ultrapassa o direito, seria, então, uma tarefa inócua, para juristas, discuti-lo? Poderia uma reflexão sobre o tema ter efeitos relevantes na ordem jurídica? Para responder a essas perguntas, olharemos para as diferenças entre os casos brasileiro e sul-africano e discutiremos a possibilidades de realizar conexões produtivas direito e um ambiente de zelo pela memória e pelo pedido de perdão.

Biografía del autor/a

Mariana Pimentel Fischer Pacheco, Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco

Professora Adjunta em regime de Dedicação Exclusiva do Departamento de Direito Público Geral e Processual da Universidade Federal de Pernambuco. Mestre em Doutora em Direito pela UFPE, Pós-Doutora em Filosofia pela USP.

Tassiana Bezerra dos Santos, Universidade Federal de Pernambuco

Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Pernambuco

Publicado

2019-01-03

Número

Sección

Artículos