Democracia agonística: em busca de espaços participativos para o dissenso

Autores/as

  • Wagner Vinicius de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.21910/rbsd.v7i3.400

Resumen

esse artigo movimenta a questão da agonística no pensamento filosófico ocidental. Esse percurso investigativo tem como suporte as reflexões sobre o agon, no pensamento clássico ateniense, a praxis de guerra, na filosofia nietzschiana e, a proposta de democracia agonística, na filosofia política de Mouffe (2006). Distante da pretensão de realizar um inventário exaustivo sobre o tema, propõe-se analisar suas repercussões para compreender o espaço do dissenso nas chamadas democracias modernas ocidentais. Para tanto, defende-se o ponto de vista da inaptidão do modelo liberal para determinar o sentido e o alcance do substantivo abstrato democracia. Diante da opção de privilegiar o enfoque teórico, o instrumental metodológico será composto pela análise bibliográfica em livros especializados, artigos científicos, dissertação e tese referentes ao tema. Os resultados obtidos pela contraposição do procedimentalismo habermasiano com a democracia agonística, apontam para um fenômeno identificado por Rancière (2005) como “individualismo democrático”. Por fim, confirma-se a hipótese inicialmente apresentada estabelecendo duas conclusões: a necessidade do dissenso e a insuficiência das respostas liberais para servirem de único modelo para a democracia.

Biografía del autor/a

Wagner Vinicius de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Doutorando em direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro - FND/UFRJ, bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, mestre em direito pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU (2018), bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas (2016), advogado (OAB/MG).

Publicado

2020-09-14

Número

Sección

Artículos