Marcas textuais e consequências sociais da anistia política de militares na justiça de transição brasileira

Autores

  • David Barbosa de Oliveira Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.21910/rbsd.v3n2.2016.81

Resumo

Resumo: Este artigo trata das disputas discursivas sobre a anistia política decorrente da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). Esse estudo busca fazer análise de discurso sobre um corpus composto por entrevistas realizadas com militares anistiados e com militares que representam o pensamento dominante dentro das Forças Armadas (estabelecidos). Para tanto, adotamos a abordagem metodológica da Análise de Discurso Crítica de Fairclough (1992, 2003, 2010). Temos por objetivos neste artigo: analizar as identidades sociais dos militares de cada grupo (anistiados e estabelecidos) e como evoluiu a identidade dos militares de cassados a anistiados; entendido isso, investigar, por meio de análise de discurso a existência de marcas, dentro dos textos, para diferenciar as identidades de cada grupo; e, por fim, perquerir quais as consequências da disputa identitária por hegemonia dessas identitárias. Como resultado, apontamos quais marcas textuais diferenciam essas identidades contrapostas, bem como expomos a existência tanto do expurgo do outro (THOMPSON, 2011) quanto de estigmatizações de ambos os grupos (ELIAS e SCOTSON, 2000).

Palavras-chave: análise de discurso, identidade, texto, estigmatização, expurgo do outro.

Biografia do Autor

David Barbosa de Oliveira, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Mestre em direito Constitucional UFC.

Doutro em Direito pela UFPE.

Professor adjunto I UFC.

Colaborador do progrma de pós-graduação em sociologia da UECE.

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Publicado

2016-09-04

Edição

Seção

Artigos