A artificialização e a negação da vida humana: o (des)compasso entre a tecnologia e o direito de viver humanamente

Authors

  • Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth UNISINOS; UNIJUÍ
  • André Giovane de Castro Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

DOI:

https://doi.org/10.21910/rbsd.v5n2.2019.295

Abstract

O trabalho aborda, com base no método hipotético-dedutivo, na abordagem qualitativa e nos procedimentos bibliográfico e legal, mediante pesquisa em materiais físicos e digitais, a relação entre as descobertas da tecnologia médica e a vida humana. A investigação centra-se no seguinte problema: em que medida, com suporte nas discussões de dignidade, o desenvolvimento tecnológico tem o condão de interferir, positiva ou negativamente, na vida humana a ponto de artificializá-la? Os objetivos são analisar, inicialmente, a imbricação da vida e da dignidade à luz do direito e da ética e, na sequência, refletir sobre o avanço científico e a possível produção de vida artificial com subsídio em descobertas médicas das últimas décadas e na série britânica Black Mirror. A tecnologia médica evolui sobremaneira desde o século XX e se apresenta como um rompimento da pretérita busca por conhecer o corpo para, agora, almejar criá-lo, talvez, em laboratório. O resultado é, de um lado, o favorecimento das descobertas clínicas para o cuidado da vida, mas, de outro, o fomento à objetificação do ser humano. Por isso, com fundamento na ideia de dignidade humana, a bioética e o biodireito foram áreas técnico-científicas criadas recentemente para a discussão.

Author Biographies

Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth, UNISINOS; UNIJUÍ

Doutor em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Professor do Mestrado em Direitos Humanos da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) e dos Cursos de Graduação em Direito da UNIJUÍ e UNISINOS. Líder do grupo de pesquisa Biopolítica e Direitos Humanos (CNPq).

André Giovane de Castro, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Mestrando no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito – Mestrado em Direitos Humanos – da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Bacharel em Direito pela UNIJUÍ. Integrante do Grupo de Pesquisa do CNPq: Biopolítica e Direitos Humanos

Published

2019-05-01

Issue

Section

Articles