Espaço urbano, violência e mulheres negras

parte 1

Autores

  • Fernanda Carolina de Araujo Ifanger Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Paola Fernanda Silva Mineiro Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Josué Mastrodi Pontifícia Universidade Católica de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.21910/rbsd.v8i2.490

Palavras-chave:

Direitos Humanos. Desenvolvimento Social. Racismo estrutural. Segregação socioespacial. Violência urbana.

Resumo

Neste artigo, afirmamos, a partir da concepção de racismo estrutural, que a população negra está submetida à desigualdade racial no Brasil. Questionamos se a segregação socioespacial, planejada para criar e manter o lugar do negro separado do lugar do branco, é um desdobramento do racismo estrutural. Procuramos verificar esta hipótese ao compreender a organização do espaço urbano de modo a condicionar a população negra a guetos, caracterizados, dentre outros aspectos, pela barreira étnica e pela pobreza de seus habitantes. Os guetos são historicamente representados por territórios ocupados pela população negra, das senzalas às favelas e conjuntos habitacionais. Em nosso recorte, compreendemos que a questão racial impõe ao negro maiores obstáculos em relação a trabalho, rendimento, e educação, assim como determina as suas condições de moradia e de mais exposição à violência urbana. Explicitamos a desigualdade racial no Brasil, com ênfase na segregação socioespacial, a partir de revisão bibliográfica e de análise de dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Palavras-chave: Direitos Humanos. Desenvolvimento Social. Racismo estrutural. Segregação socioespacial. Violência urbana.

Biografia do Autor

Fernanda Carolina de Araujo Ifanger, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Professora do Programa de pós-graduação em Direito da PUC-Campinas.
Doutora e mestre em Direito pela Universidade de São Paulo.

Paola Fernanda Silva Mineiro, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Graduanda em Direito pela Puc-Campinas. Integrante do Grupo de Pesquisa Direito e Realidade Social e pesquisadora do Programa Institucional deIniciação Científica da PUC-Campinas. Bolsa de iniciação científica: FAPIC/REITORIA - Programa de pós-graduação em Direito da PUC-Campinas. LATTES: http://lattes.cnpq.br/0772645853852422

Josué Mastrodi, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Professor dos programas de pós-graduação em Sustentabilidade e em Direito da PUC-Campinas Doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo

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Publicado

2021-05-04

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