Reflexões sobre a dominação masculina e a divisão sexual do trabalho
Um estudo de caso com cinco magistradas
DOI:
https://doi.org/10.21910/rbsd.v11i3.843Palavras-chave:
Gênero. Profissões Jurídicas. Docência Universitária. Sociologia do Direito. Sociologia do trabalho.Resumo
O artigo discute os efeitos da divisão sexual do trabalho na magistratura com base em algumas categorias usadas nas teorias de gênero, indagando o impacto que essa divisão do trabalho provoca na vida de mulheres que ocupam cargos públicos com autoridade legal. O estudo tem como referência empírica magistradas que atuavam na cidade de Campos dos Goytacazes, região norte do estado do Rio de Janeiro, no ano de 2019. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinco magistradas da cidade, a fim de esclarecer como a divisão sexual do trabalho e a dominação masculina se reconfiguram em um espaço de poder e prestígio social. Os resultados demonstram que a divisão sexual do trabalho e a dominação masculina também estão presentes na vida de mulheres que possuem cargos públicos com autoridade legal e prestígio social. A análise da realidade de vida das magistradas revela que mulheres com autoridade legal, carreira, autonomia laboral, independência financeira e prestígio social não são invulneráveis à dominação masculina em muitos aspectos.
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