Comunicação artificial? A produção de contingência por algoritmos

A produção de contingência por algoritmos

Autores

  • Elena Esposito Universidade de Modena e Reggio Emilia, Itália e Universidade de Bielefeld, Alemanha;

DOI:

https://doi.org/10.21910/rbsd.v9i1.638

Palavras-chave:

algoritmos sociais, big data, inteligência artificial, redes neurais, deep learning, dupla contingência, Teoria dos sistemas

Resumo

O discurso sobre algoritmos inteligentes e agentes sociais digitais ainda se refere principalmente à construção de uma inteligência artificial que reproduz faculdades de indivíduos. No entanto, desenvolvimentos recentes mostram que os algoritmos são mais eficientes quando abandonam esse objetivo e, em vez disso, tentam reproduzir a capacidade de comunicação. Algoritmos, que não “pensam” como pessoas, podem provocar alterações na capacidade de se obter e processar informações na sociedade. Recorrendo ao conceito de comunicação da teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhmann, este artigo reconstrói, criticamente, o debate sobre a guinada computacional do big data, atribuindo-lhe o sentido de uma reprodução artificial da comunicação, e não da inteligência. Algoritmos capazes de autoaprendizagem parasitariamente tiram vantagem, seja consciente ou inconscientemente, da contribuição dos usuários da web para uma “dupla contingência virtual”. Isso abastece a sociedade com informações que não fazem parte do pensamento de ninguém. No entanto, elas entram no circuito comunicativo social, aumentando sua complexidade. O conceito de comunicação deve ser reconsiderado, a fim de levar em conta esses desenvolvimentos, incluindo (ou não) a possibilidade de comunicação com algoritmos.

Biografia do Autor

Elena Esposito, Universidade de Modena e Reggio Emilia, Itália e Universidade de Bielefeld, Alemanha;

Professora de sociologia na Universidade de Bielefeld, Alemanha, e na Universidade de Modena-Reggio Emilia, Itália. Pesquisa com teoria dos sistemas sociais, especialmente com questões relacionadas ao gerenciamento social do tempo, incluindo memória e esquecimento, moda e transitoriedade, cálculo de probabilidade, ficção e o uso do tempo nas finanças. Os seus projetos atuais de pesquisa abordam as possibilidades e formas de esquecimento na web, a sociologia dos algoritmos e a proliferação de rankings e classificações para o gerenciamento da informação. Autora de livros e artigos, entre eles, Algorithmic memory and the right to be forgotten on the web, Big Data & Society, Jan–Jun 2017; Economic Circularities and Second-Order Observation: The Reality of Ratings, Sociologica, 2/2013, doi: 10.2383/74851; The professora de sociologia na Universidade de Bielefeld, Alemanha, e na Universidade de Modena-Reggio Emilia, Itália. Ela trabalha com a teoria dos sistemas sociais, especialmente com questões relacionadas ao gerenciamento social do tempo, incluindo memória e esquecimento, moda e transitoriedade, cálculo de probabilidade, ficção e o uso do tempo nas finanças. Os seus projetos atuais de pesquisa abordam as possibilidades e formas de esquecimento na web, a sociologia dos algoritmos e a proliferação de rankings e classificações para o gerenciamento da informação.
Ela publicou vários trabalhos sobre a teoria dos sistemas sociais, teoria da mídia, teoria da memória e sociologia dos mercados financeiros. Entre eles, Algorithmic memory and the right to be forgotten on the web, Big Data & Society, Jan–Jun 2017; Economic Circularities and Second-Order Observation: The Reality of Ratings, Sociologica, 2/2013, doi: 10.2383/74851; The structures of uncertainty. Performativity and unpredictability in economic operations, Economy & Society, 2013(42): 102–129.
structures of uncertainty. Performativity and unpredictability in economic operations
, Economy & Society, 2013(42): 102–129.

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Publicado

2022-01-01

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