Comunicação artificial? A produção de contingência por algoritmos
A produção de contingência por algoritmos
DOI:
https://doi.org/10.21910/rbsd.v9i1.638Palavras-chave:
algoritmos sociais, big data, redes neurais, deep learning, Teoria dos sistemas, inteligência artificial, dupla contingênciaResumo
O discurso sobre algoritmos inteligentes e agentes sociais digitais ainda se refere principalmente à construção de uma inteligência artificial que reproduz faculdades de indivíduos. No entanto, desenvolvimentos recentes mostram que os algoritmos são mais eficientes quando abandonam esse objetivo e, em vez disso, tentam reproduzir a capacidade de comunicação. Algoritmos, que não “pensam” como pessoas, podem provocar alterações na capacidade de se obter e processar informações na sociedade. Recorrendo ao conceito de comunicação da teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhmann, este artigo reconstrói, criticamente, o debate sobre a guinada computacional do big data, atribuindo-lhe o sentido de uma reprodução artificial da comunicação, e não da inteligência. Algoritmos capazes de autoaprendizagem parasitariamente tiram vantagem, seja consciente ou inconscientemente, da contribuição dos usuários da web para uma “dupla contingência virtual”. Isso abastece a sociedade com informações que não fazem parte do pensamento de ninguém. No entanto, elas entram no circuito comunicativo social, aumentando sua complexidade. O conceito de comunicação deve ser reconsiderado, a fim de levar em conta esses desenvolvimentos, incluindo (ou não) a possibilidade de comunicação com algoritmos.
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